Há no Brasil vários museus com acervos africanos. A maioria deles é de cunho universitário ou voltado à pesquisa acadêmica, como o Museu de Arqueologia e Etnologia (USP) em São Paulo, o Museu Nacional (UFRJ) no Rio de Janeiro, o Museu Afro-Brasileiro (CEAO/UFBa) em Salvador, e o Museu Paraense Emílio Goeldi em Belém. Além desses, destacam-se também o Museu Nacional de Belas Artes e o Museu Afro-Brasil em São Paulo. Se não temos nenhum que se dedique à África exclusivamente, há os que tratam especificamente das relações Brasil-África, da religiosidade africana e do problema do Negro no Brasil, como os já citados Museu Afro-Brasileiro e Museu Afro-Brasil, a que se somam diversos outros com coleções da cultura material afro-brasileira propriamente dita. Trata-se particularmente daqueles em que se conservam objetos dos antigos candomblés em coleções nucleadas, em sua maioria, pelo que foi apreendido pela repressão aos cultos afro-brasileiros nas primeiras décadas do século XX, assim como pelo que foi reunido pelos primeiros estudiosos do problema como Nina Rodrigues, Arthur Ramos, Edson Carneiro. Essas coleções já mereceram estudos sistemáticos por parte de Raul Lody publicados pela FUNARTE.